Eu tenho uma notícia difícil pra dar pra vocês. Sabe aquele carinha que sempre puxava papo com você pela internet e que, nossa, que coisa, nunca mais entrou no MSN? Pois é, 90% de chance de ele ter bloqueado você.
Difícil, eu sei.
Contei a verdade dura pruma amiga outro dia e ela ficou passada. Tudo bem bloquear os outros, mas ser bloqueado não é muito fácil de encarar. A gente é bonitinha, inteligente, bem-humorada, não pega no pé de ninguém, por que danado alguém vai bloquear a gente??
Em defesa dos softwares de comunicação instantânea, a ferramenta de bloqueio é muito útil, sim. Acabou o namoro, não quer dar mais chance pro sujeito? Bloqueia. O ex-paquera não deixa de chamar você pra conversar lorota? Bloqueia. Abusou-se do ex-namorado? Da’ um tempo, bloqueia o cara. Se arrependeu de ter dado o MSN na balada pro mala que escreveu que não quer lhe “dessepicionar”? Block him!
Isso no campo amoroso. Profissionalmente, é uma maravilha deixar de ser importunado por alguém sem ter que ser deselegante. Sim, porque a grande vantagem é que o bloqueado continua inocente na história – pra ele, você só está off-line. Perfeito!
Uma amiga desenvolveu uma sofisticada estratégia. Ela desbloqueia os desafetos de tempos em tempos só pra eles não acharem que estão bloqueados. “Nossa, nunca mais vi você online.” “Pois é, muito estudo, começo de ano é fogo, sabe como é.” Muito trabalhoso, mas tem a vantagem de ela não se indispor com ninguém.
Eu, que já era uma web addicted por vocação, me profissionalizei no assunto e agora enlouqueço de estudar pra ter um diploma oficial de nerdice, já vi de tudo nesse mundo virtual. Dates eletrônicos, dengo sendo mandado online, aluna e professor teclando de madrugada o que não podem dizer na turma da pós-graduação, relacionamentos começarem e terminarem no MSN (sim, de pedido de namoro ‘a conversa definitiva). Ou seja, pra mim email é a mesma coisa que carta de papel, e não vejo frieza na internet.
Feito o prelúdio, alguém pode me explicar qual é a graça na maioria dos aplicativos do Facebook? Eu tenho vontade de voar no pescoço do meu colega de classe indiano que não pára de me mandar “mordidas” virtuais. Não, pessoal, nada romântico. É um jogo de vampiro, quem é mordido vira zumbi, ganha quem “morde” mais gente. Re-lo-ou! Com essa montanha de livro pra estudar, quem tem tempo de tentar virar vampiro virtual? Get a life! Vá passear por Londres que é mais negócio! A explicação do meu amiguinho inglês/mexicano para a nossa falta de interesse em contribuir para a dinastia do Conde Drácula está no numero três na frente da nossa idade. Sim, a média da turma é baixíssima.
Devo informar que nunca gostei de perder tempo nessas brincadeiras virtuais. E só entrei no Facebook por insistência dos coleguinhas – olha a pressão de grupo de que meu terapeuta falava. ; ) Ninguém por aqui faz idéia do que é Orkut (a rede de comunidades do Google só faz sucesso no Brasil e na Índia). Ai, será que ainda tenho chance na minha candidatura a nerd?
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Uma torta de limão com muuuuito limão e aquele suspiro dulcíssimo em cima... simplesmente DELICIOSO! Qd eu crescer, quero escrever assim como vc. Saudades aos montes... Bjus!!!
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