Vi a família real toda. Agora já posso voltar pro Brasil. : )
Estudante que é estudante aproveita grandes eventos oficiais para se divertir. Gratuitos, rendem sempre boas fotos e histórias pra contar. Ainda dá pra jogar o caô de imersão na cultural local. Mas fico sempre com a sensação de que o povo aqui não sabe fazer uma festa.
Aniversário oficial da rainha. Dia lindo de junho. Milhares de pessoas nas ruas. Esperando. Caladas. Eu e meu grupo internacional fazendo piada o tempo todo, arrancando risinhos pelo canto da boca do resto do público, enquanto eu desconfiava que eles estavam sendo apenas britânicos demais para não mandar a gente ficar quieto.
Agora mentalize a mesma cena no Brasil. Risadas altas, rapazes sem camisa, moçoilas de shortinho, clima de pegação no ar, possível batucada, torcedores adversários gritando xingamentos baseados nos últimos resultados do futebol, algum empurra-empurra, eventuais gritos de motivação. “Inha, inha, inha. Queremos a rainha.”
E todo mundo de olho no celular+carteira+câmera digital, que nunca se sabe.
Também não acredito que a gente conseguisse seguir pontualmente o ritual que reza que às 10h os guardas começam a marcha, às 10h40 a rainha desfila em carro aberto, às 11h começa a vistoriar a guarda, e às 13h aparece no palácio para acenar para a multidão e ver o desfile dos aviões. Mas vai que isso é só preconceito com o jeitinho brasileiro. Ou trauma de desfile de 7 de Setembro.
Alguém acha mesmo que uma celebridade apareceria desfilando na nossa frente e tudo o que a gente faria seria tirar foto e aplaudir? Nenhum grito de “iu-hu”? Nenhum “Aê, gostosa”? Ok, pode não ser o mais apropriado pra falar pra rainha, mas vocês sabem como esse povo brasileiro é irreverente.
Fora que aqui se perde um grande nicho de mercado. O negócio demora umas 3 horas e fica todo mundo paciente. Parado. Esperando. Nem as crianças choram! Três horas no sol e não tem um cara vendendo água! Só gente vendendo bandeira da Inglaterra. Por duas libras!! Cadê o churrasquinho? O sorvete? O algodão-doce? A cerveja estupidamente gelada?
E tudo isso pra ver a família real de longe? E tirar umas fotos que não ficam boas? Ok, tudo vale a pena quando o príncipe William lhe dá tchauzinho a dois metros de distância. E olha que eu não gostava de rapazes mais novos. ; )
sábado, 14 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Micro post de dia dos namorados
Me lembrem no proximo ano de nao me empolgar com megapromocoes de teatro em junho. Assistir a quatro musicais seguidos perto do Dia dos Namorados deixa a gente muito romantica.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Por que as pessoas ficam felizes no verão londrino
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Cabelo conceitual
Meu cabelo não resistiu bem a um experimento cosmeto-cientifico-capilar-revolucionário que prometia deixar meus cabelos com a maciez da seda. Resultado: ressecamento intenso dos meus pobres cachos. Nessa fase de recuperação, tive que fazer o sacrifício supremo de abrir mão da escova e, enquanto Armand curte suas férias em Israel, sai por ai à procura de um novo profissional. Mesmo sendo estudante, estava disposta a torrar uma verba substancial na empreitada.
Vou a um renomado cabeleireiro parisiense (não vou fazer propaganda). De longe, o fulano me pergunta: "Esse cabelo ai é seu?"
Eu, humilde, digo: "Oui".
"Olha", diz o renomado cabeleireiro, "esse cabelo seu não esta fazendo nada de bom por você. Eu proponho um corte radical meio curto com uma franja assimétrica e muita hidratação. Vai ficar otimo, porque esse seu cabelo ai morreu". Ele me disse assim na minha cara e me deu um cartão para eu marcar uma hora para o seu caríssimo corte. Fiquei arrasada.
Fui em outro renomado salão nos Champs Elysées. E mais um ataque de sinceridade extrema: "Enquanto seu cabelo se recupera, a gente podia colocar um megahair[hmmm, tenho uma certa meda de colar cabelo de terceiros, enfim....] com uma franja em dégradé para suavizar essas suas bochechinhas de bebê". [comentário desnecessário, hein].
Um megahair de cabelo 100% indiano [o melhor do mercado, dizem] custa 1000 euros. Hein? Merci!
Entro no metrô desiludida e dou de cara com um editorial de uma prestigiada revista de moda sobre cabelos de verão. Segundo a revista, a tendência do verão 2008 é um cabelo ressecado com cara de quem saiu da praia. "Um look assim meio destroyed como aqueles cabelos dos anos 80 que passaram por vários permanentes", explicou o hair stylist. Para obter o visual, o tal famoso hair sylist dava umas dicas de pomadas e cremes carésimos e uma técnica de usar um pente fino para dar um look ressecado. As moças pareciam felizes nas fotos com suas jubas ressecadas e óculos de sol enormes.
Pensei cá comigo. Esse povo vai gastar uma fortuna para ficar com o meu look ao acordar. Meu look 100% gratuito. Olha ai. I love fashion!
Pronto, decidi. Até o final do verão vou guardar o meu cabelo ressecado. Não é desleixo, it's fashion baby.
Vou a um renomado cabeleireiro parisiense (não vou fazer propaganda). De longe, o fulano me pergunta: "Esse cabelo ai é seu?"
Eu, humilde, digo: "Oui".
"Olha", diz o renomado cabeleireiro, "esse cabelo seu não esta fazendo nada de bom por você. Eu proponho um corte radical meio curto com uma franja assimétrica e muita hidratação. Vai ficar otimo, porque esse seu cabelo ai morreu". Ele me disse assim na minha cara e me deu um cartão para eu marcar uma hora para o seu caríssimo corte. Fiquei arrasada.
Fui em outro renomado salão nos Champs Elysées. E mais um ataque de sinceridade extrema: "Enquanto seu cabelo se recupera, a gente podia colocar um megahair[hmmm, tenho uma certa meda de colar cabelo de terceiros, enfim....] com uma franja em dégradé para suavizar essas suas bochechinhas de bebê". [comentário desnecessário, hein].
Um megahair de cabelo 100% indiano [o melhor do mercado, dizem] custa 1000 euros. Hein? Merci!
Entro no metrô desiludida e dou de cara com um editorial de uma prestigiada revista de moda sobre cabelos de verão. Segundo a revista, a tendência do verão 2008 é um cabelo ressecado com cara de quem saiu da praia. "Um look assim meio destroyed como aqueles cabelos dos anos 80 que passaram por vários permanentes", explicou o hair stylist. Para obter o visual, o tal famoso hair sylist dava umas dicas de pomadas e cremes carésimos e uma técnica de usar um pente fino para dar um look ressecado. As moças pareciam felizes nas fotos com suas jubas ressecadas e óculos de sol enormes.
Pensei cá comigo. Esse povo vai gastar uma fortuna para ficar com o meu look ao acordar. Meu look 100% gratuito. Olha ai. I love fashion!
Pronto, decidi. Até o final do verão vou guardar o meu cabelo ressecado. Não é desleixo, it's fashion baby.
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