Este blog não pretende servir de auto-ajuda pra ninguém, mas nossas peripécias bem que poderiam servir como lição de vida. Tipo: não participe de uma conferência enquanto estiver escrevendo sua dissertação. Você corre o risco de ficar com um olho nas apresentações e outro no texto final da tese, e perder o sentindo de algumas pérolas do conhecimento. Se alguém se prontificar pra desvendar essas aparentes verdades absolutas universais, agradeço muitíssimo.
Só para contextualizar, era uma conferência de tecnologia. Apesar de não parecer nas citações a seguir:
"Uma laranja é uma laranja. E uma maçã é uma maçã. E você pode pegar uma delas e estar deliciosa. Ou você pode pegar uma delas e estar sem gosto."
"Se você perguntar para o povo mediterrâneo, eles sempre reclamam. Se você perguntar para os nórdicos, eles não reclamam nunca."
E a minha preferida, dita por uma cientista chinesa muito confiante no que dizia:
"Você tomaria um café com alguém em quem não confia? A resposta é óbvia."
quinta-feira, 31 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
Reflexões politicamente incorretas
A cela que Radovan Karadzic vai ocupar na prisão do Tribunal Internacional para a ex-Iugoslavia tem 15 m2. Dizem na tv que tem uma estrutura de quarto de estudante, com cama, mesa, estante, computador (sem internet), televisão e banheiro individual. Os prisioneiros também têm biblioteca e sala de esportes. Vi varios quartos de estudante muito piores por aqui em Paris. Imoveis sem banheiro e até sem janela.
Moral da historia: A soluçao para o estudante morar bem é cometer um genocidio e ser julgado pela corte em Haia.
Moral da historia: A soluçao para o estudante morar bem é cometer um genocidio e ser julgado pela corte em Haia.
sábado, 26 de julho de 2008
Me integrando e girando
Os franceses, apesar da fama de serem blasés, bem que gostam de uma festinha.
Cartazes colados pelo meu prédio avisam da "festa dos vizinhos". Grande oportunidade para interagir e comer. Cada um leva comidinhas - queijos, tartines, tortas, tomatinhos etc - e bebidas. Normalmente, é uma espécie de pique-nique entre vizinhos. Mas onde eu moro, é óbvio, nada pode ser muito normal. O casal de vizinhos gays, uma espécie de promoters, resolveu fazer a festa de vizinhos definitiva. Um vizinho polonês que toca caixa numa bateria de uma peseudoescola de samba de Paris ficou responsável pela animação musical. O zelador montou uma tenda para abrigar o "show".
Dias antes da tal festa, cartazes pelo prédio avisavam para os pais providenciarem protetores de ouvido para as crianças, pois o "samba de Brasil" faz muito barulho. Um vizinho videomaker fez o clipe promocional para a festa. Momentos de tensão para mim. Bateria de escola de samba, vizinhos, eu sou brasileira. Uma hora, é claro, ia sobrar para mim.
Começa o ziriguidum multicultural. Palev, o polonês, passou meia hora antes preparando e se aquecendo como se fosse correr uma maratona. O mestre de bateria, do Vietnã, se sente o próprio carioca com seu apito. Os vizinhos franceses, com suas echarpes e copos de vinho, acenam a cabeça animadamente. Animadamente dentro conceito francês, é claro.
Gui, o zelador, começa a se animar. Há dois anos ele está em depressão causada pala morte da esposa. No dia da festa, para espanto dos vizinhos, Gui ameaça uns passos de mestre-sala, acena para o ar com os braços, sacode os ombros, faz um movimento de "air percussão". Ele sabe que eu sou brasileira e se espalha: "Ela é brasileira, ela vai ensinar todo mundo a dançar". Ai, meus sais. Ele não se conforma com meu estilo low profile e eu não estava a fim de encenar o numero do "povo brasileiro que é alegre e dança apesar das dificuldades". Mas, não tem jeito, é brasileiro no exterior, tem samba, não há escapatória: é preciso dançar. Gui me tirou pra dançar. Muitos rodopios e sorrisos de todos e muitas fotos. Eu e Gui, o improvisado casal de mestre-sala e porta-bandeira franco-brasileiro fomos o sucesso da festa.
Como não poderia faltar, um pequeno comentário de Gui: "Samba é tipo rumba, né?"
P.S: O video é a visão de samba do Gui e de sua geração.
Cartazes colados pelo meu prédio avisam da "festa dos vizinhos". Grande oportunidade para interagir e comer. Cada um leva comidinhas - queijos, tartines, tortas, tomatinhos etc - e bebidas. Normalmente, é uma espécie de pique-nique entre vizinhos. Mas onde eu moro, é óbvio, nada pode ser muito normal. O casal de vizinhos gays, uma espécie de promoters, resolveu fazer a festa de vizinhos definitiva. Um vizinho polonês que toca caixa numa bateria de uma peseudoescola de samba de Paris ficou responsável pela animação musical. O zelador montou uma tenda para abrigar o "show".
Dias antes da tal festa, cartazes pelo prédio avisavam para os pais providenciarem protetores de ouvido para as crianças, pois o "samba de Brasil" faz muito barulho. Um vizinho videomaker fez o clipe promocional para a festa. Momentos de tensão para mim. Bateria de escola de samba, vizinhos, eu sou brasileira. Uma hora, é claro, ia sobrar para mim.
Começa o ziriguidum multicultural. Palev, o polonês, passou meia hora antes preparando e se aquecendo como se fosse correr uma maratona. O mestre de bateria, do Vietnã, se sente o próprio carioca com seu apito. Os vizinhos franceses, com suas echarpes e copos de vinho, acenam a cabeça animadamente. Animadamente dentro conceito francês, é claro.
Gui, o zelador, começa a se animar. Há dois anos ele está em depressão causada pala morte da esposa. No dia da festa, para espanto dos vizinhos, Gui ameaça uns passos de mestre-sala, acena para o ar com os braços, sacode os ombros, faz um movimento de "air percussão". Ele sabe que eu sou brasileira e se espalha: "Ela é brasileira, ela vai ensinar todo mundo a dançar". Ai, meus sais. Ele não se conforma com meu estilo low profile e eu não estava a fim de encenar o numero do "povo brasileiro que é alegre e dança apesar das dificuldades". Mas, não tem jeito, é brasileiro no exterior, tem samba, não há escapatória: é preciso dançar. Gui me tirou pra dançar. Muitos rodopios e sorrisos de todos e muitas fotos. Eu e Gui, o improvisado casal de mestre-sala e porta-bandeira franco-brasileiro fomos o sucesso da festa.
Como não poderia faltar, um pequeno comentário de Gui: "Samba é tipo rumba, né?"
P.S: O video é a visão de samba do Gui e de sua geração.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Juntando as escovas de dentes
Amiga do blog que saber: é só com ela ou os homens de repente passaram a propor happy ends com direito a casinha e pimpolhos? Será que para os rapazes, finalmente, o 30 é o novo 30 (em alguns casos mais jovens, o 20 é o novo 30)?
Eu e a Cíntia atestamos: é uma tendência internacional.
E pensar que nossas ambições na Europa se resumiam a usar tênis, mochilas e roupas curtas...
sábado, 19 de julho de 2008
Pausa pro verão
A gente jura que volta. É que a combinação verão + promoção de passagem aérea + summer job/ job d'été + dissertação não deixa muito tempo pra mais nada.
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